28 agosto 2013

O Clássico e o Clichê - Por Bruna Melo [Blog Get a Life]

  Oi tracinhas!
Tudo supimpa com vocês?
Aqui tudo tranqüilo graças a Deus \o/
Olha só, outro dia eu estava visitando os blogs amigos e parceiros aqui do Razão e Resenhas e quando entrei no blog da Bruna e li sua postagem fiquei tão encantada que resolvi trazê-la pra vocês. Claro, conversei com a Bruna e ela deixou que eu trouxesse seu texto para vocês. Afinal de contas não ia plagiar uma colega. Plágio é o cão chupando manga, não é legal e não é justo para quem tem suas coisas copiadas.
Não darei um nome diferente ao título dessa postagem, ela fala por si e todo o crédito será de nossa amiga blogueira do Get a Life. Nessa postagem a Bruna nos fala sobre os livros que se tronam clichê, ela mostra num texto bem interessante a diferença entre os clássicos e os clichês.

(Texto de Bruna Melo) Get a Life

O Clássico e o Clichê


Bruna:
Um dia desses conversando com um conhecido no facebook, comentei sobre um livro que ele ama e que eu achei que faltou algo que é um tanto clássico em livros do gênero e ele me respondeu algo mais ou menos assim: "Não falta nada, melhor assim do que cheio de clichê". E isso me fez pensar que não é a primeira vez que vejo alguém confundir elementos clássicos com elementos clichês, e por isso resolvi fazer esse artigo.

Clichê
É uma expressão idiomática que de tão utilizada, se torna previsível. Desgastou-se e perdeu o sentido ou se tornou algo que gera uma reação ruim, algo cansativo em vez de dar o efeito esperado ou simplesmente repetitivo. - Dicionário Informal
Frase ou expressão que peca pela repetição, pelo lugar-comum; banalidade repetida com frequência; chavão.
Clássico
É tudo que resiste ao tempo - Dicionário Informal
Autor ou obra que pode servir de modelo, cujo valor é universalmente reconhecido. Considerado como um modelo do gênero: obra que se tornou clássica. 

Ou seja, apesar da base dos dois serem a mesma - aquilo já visto -, são muito diferentes. Muitos clichês nasceram através de algo clássico. A diferença é que o clássico, mesmo que às vezes seja esperado, ainda assim não se tornou algo cansativo. Vamos pôr exemplos. Quem aqui nunca leu um e não ouviu falar de vários livros com a seguinte premissa: Mocinha indefesa com vida chata se apaixona perdidamente por um belo, porém sobrenatural, rapaz? De cabeça posso citar uns cinco livros ou sagas diferentes com esse mesmo tema. E, de tanto se repetir, agora é algo chato. Eu não leio livros com essa premissa, não mais. Se tornou enjoativo, apenas a ideia já me faz sentir tédio. Virou um grande clichê. Mas agora, vamos dar o outro exemplo. Jovem descobre um mundo escondido dos olhos dos trouxas-mundanos-humanos-mequetrefes... das pessoas "normais" e nesse mundo que até então lhe era desconhecido, ele descobre ser alguém especial. Se do clichê eu podia pensar em cinco exemplos de cabeça, desse acho que posso pensar em uns dez. Mas não é o tipo de livro que fujo ou que se tornou cansativo. É algo esperado como um casal apaixonado num livro de romance. É meio algo que tem que ter. É um clássico já. Tem essa série chamada How I Met Your Mother, em um dos episódio eles criam uma teoria chamada Dobler-Dahmer que diz que um gesto grandioso pode ser tanto medonho (Dahmer) quanto belo (Dobler), tudo depende em como é recebido. Acho que o Clichê e o Clássico caem dentro dessa teoria um pouco. Da mesma forma que eu estou de saco cheio da mocinha indefesa e da criatura sobrenatural, com certeza há aqueles de saco cheio do jovem especial que desconhece o próprio mundo. E há aqueles casos que uma mesma coisa é simultaneamente clássico e clichê. Para exemplificar aqui, irei sair dos livros, e citar um filme: Star Wars. Eu nunca vi (uma vergonha para uma nerd, mas fazer o quê?!vê) mas eu sei, como acho que todo mundo sabe, que Darth Vader é pai de Luke Skywalker e a cena em que ele diz: "Luke, i am your father" (Luke, eu sou seu pai) é um clássico. Porém quantas vezes já não vimos isso depois? O herói descobre ser filho do vilão, e quando vemos isso se repetir, não é um baita clichê? Eu, pelo menos, penso (sarcasticamente, é claro):"Nossa, que criativo...". E isso independente de a história ter ou não conseguido esconder aquilo de mim. Um clichê vindo direto de um clássico. Mas então, há os elementos clássicos que acho que não pode faltar. Para citar um deles, vou falar de um livro que li da Agatha Christie, O Natal de Poirot, escrevi na resenha dele (quem quiser ler, só clicar no nome do livro) que gostei dele e do seu desenvolvimento,  mas faltou um elemento clássico. Qual foi ele? Adrenalina. Em livros desse estilo, eu espero, ao menos no seu fim, algo cheio de adrenalina, uma perseguição, uma corrida contra o tempo, qualquer coisa além de uma calmaria. Os livros de Christie são considerados clássicos, mas para mim faltou um elemento clássico desse tipo de livro. Algo esperado, e ainda assim, que acho maravilhoso. No fim, tudo depende de como é feito, como é recebido. Depende de como vão utilizar esses elementos. Às vezes aquele livro cheio de clichê é excelente, e às vezes aquele livro considerado clássico é um saco. E então, há aqueles livros que são novos e originais, mas, muitas vezes, se olhados de perto e com cuidado, você percebe que eles são ambos - clássico e clichê jogados no liquidificador como um só. O que os transforma em nenhum dos dois. É uma balança difícil de equilibrar. Conheço várias frases de pessoas famosas que falam sobre isso, mas completarei esse artigo com uma frase própria que criei há muito tempo e algumas perguntas para vocês.

"Qualquer um é capaz de escrever uma historia Clichê, mas apenas os melhores escritores são capazes de fazê-la parecer original.”  - Bruna Melo dos Santos 

Então me digam nos comentários: Qual história cheia de clichê você amou? Qual Clássico faltou algo mais? E qual história você considera, independente de ter ou não elementos clichês e/ou elementos clássicos, incrivelmente original? Para mim, são, respectivamente: A primeira trilogia dos Instrumentos Mortais, O Natal de Poirot, e a trilogia de cinco d'O Guia do Mochileiro das Galáxias.

Blog da Bruna: Get a Life
Fanpage do Get a Life: Facebook Get a Life


Então pessoal, o que acharam? Eu achei o texto tão legal, a Bruna expôs sua ideia de maneira tão leve e clara. Não tenho muito o que acrescentar, aliás, devo dizer que quando li a postagem  fiquei feliz de ver o quanto temos em comum, e acho que muitos de vocês vão sentir isso também. Então não preciso  ser repetitiva quanto ao conteúdo e importância que esse assunto tem para nós leitores.
Só digo uma coisa, como a Bruna fez ao fim da postagem, peço que vocês me digam ali nos comentários o que acharam, "qual história cheia de clichê você amou? Qual Clássico faltou algo mais? E qual história você considera, independente de ter ou não elementos clichês e/ou elementos clássicos, incrivelmente original?"

Outra coisa, quero convidar todos vocês para visitarem o blog da Bruna (os links estão acima), lá vocês  encontrarão uma gama de assuntos, de resenhas literárias até opiniões sobre jogos e filmes. Particularmente é um dos blogs em que me sinto mais a vontade. Essa menina escreve super bem *.*

Bruna, quero agradecê-la por ter permitido que eu transcrevesse seu texto  aqui no RR. Obrigada querida.

Beijão galera, até a próxima postagem \o






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6 comentários:

  1. Arrasou!
    Que post sensacional
    Concordo muito com você!
    Gosto tanto de clássicos, mas não dispenso um clichê!
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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  2. Muito interessante e coerente a colocação da Bruna. É o tipo de texto que muita gente devia ler.


    Lucas / Carpe Liber

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  3. Oi, Vivi.
    Eu nunca tinha parado para pensar assim, mas que li esse Post, isso ficou tão claro na minha mente. Adorei esse Post, a Bruna disse tudo. Também não conhecia o Blog, mas adorei.
    Beijos,
    Yasmin
    deitadosnagrama.blogspot.com.br

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  4. Oi Vivi!
    Gostei do ponto de vista da Bruna mas tudo é relativo, né? Na verdade, a história é clichê só porque já tem um clássico sobre ele. Por exemplo, eu não considero Harry Potter um clássico, é só uma história diferente das que já foram criadas. E, se algum escritor quiser utilizar essa base, já vira clichê imediatamente e deixamos de dar importância aos tópicos: vocabulário, contexto, desenvolvimento de personagens, clímax e entre outros.

    O que é clássico para uns, pode ser clichê para outros e vice-versa. O que importa mesmo é respeitar a opinião e os livros também. Se é cheio de clichê ou não, independe. O que vale a pena é a sensação e reação incrível que o leitor tem após a leitura!

    Beijos!

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  5. Fico feliz que tenha gostado tanto do post, Viviane ^^

    É legal poder ver outros e mais comentários, eesse tipo de coisa que me faz ver que realmente o que escrevo é decente, rs

    Té mais...
    http://bmelo42.blogspot.com.br/

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  6. Oi Vivi, curti demais essa novi de vc trazer um post diferente feito por outra blogueira.
    Vi que a Bruna falou do clássico de um ponto de vista interessante e fiquei super pensativa, pois a minha ideia de clássico é um tanto peculiar, mas gostei da abordagem e de como ela juntou isso ao conceito de clichê. Muito bom.
    Eu particularmente adoro histórias clichês, pq não as leio seguidas, procuro mesclar com outros gêneros, acho que é por isso que não fico saturada. Só lembro-me de ficar saturada do tema vampiresco, pq ultimamente só pegava livros com vampiros pra ler e de tanto ler histórias de vampiros, sob perspectivas diferentes, fiquei morrendo de tédio, mas acredito que essa ressaca tenha passado, pretendo testar em breve.
    Mas concordo que uma história com tema original pra mim, sem dúvida é a saga Os Instrumentos Mortais. Adoroooo a trama da Cassandra, maravilhosa mesmo.
    Adorei o post amiga, bjokas.

    www.lerepensar.com

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